quarta-feira, 20 de junho de 2012

BERNHARD WOSIEN

Bernhard Wosien era um virginiano, nascido em 19 de setembro de 1908 em Masuren (Prússia Oriental), na cidadezinha de Passenheim. Aos 15 anos, ele já era um entusiasta do movimento jovem alemão. Nesta época, foi introduzido ao balé clássico pela mestre bailarina Helga Sweedlund.
Aos 25 anos, já era solista e em 3 anos mais, já era primeiro solista do Teatro Estadual de Berlim. Casou-se com Elfriede, baronesa de Ellrichshausen, e teve 3 filhos.
Os anos de 1948 a 1958 trouxeram a coroação e o auge de sua carreira como bailarino e coreógrafo. Nesta época, ocorreu o encontro com Jurij Winar, que estava incumbido de fundar um ensamble de arte popular sérvio e procurava um mestre de dança. Este passo representou para Bernhard uma mudança voltada para a dança popular, e assim, ele iniciou sua trajetória de dirigir seu amor e seu prazer cada vez mais para as danças dos povos, para a sua riqueza em mitos e poesia (WOSIEN, 2000).
A partir de 1960, dedicou-se à pedagogia, onde atuou até 1986 como docente.
Em 1976, esteve em Findhorn, a convite de Peter e Eillen Caddy. Para o grupo de dançantes ele ensinou tanto danças tradicionais, como suas próprias coreografias, além de, também com eles, apresentar performances de danças, como por exemplo "Hymn of Jesus", e "Theseus and the Minotaur", que são compilações de danças folclóricas e coreografias próprias.
Todo ano, ele voltava a Findhorn, e logo aquele lugar tornou-se um pólo de distribuição das danças.
Segundo Bernhard: "a experiência que acontece externamente, reflete-se internamente. É esta a melhor maneira de se compreender o mundo - através de uma marcha viva .... O encontro com o grupo folclórico forçou o bailarino clássico em mim a reaprender. Senti-me tocado de imediato pela espontaneidade que a dança popular exige, pela rítmica muito mais fortemente diferenciada, que permite ao pé tocar o chão de uma forma completamente diferente".(WOSIEN, 2000)

Devemos à Bernhard Wosien esta percepção, que só é possível entender quando nós mesmos dançamos, quando nós mesmos experenciamos as sensações  de estarmos conectados numa mesma música, através de passos que relembram a essência dos diversos povos, na alegria, na meditação e no movimento.

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